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Shantal Verdelho: “Ele me xinga o parto inteiro”

Atualizado: 24 de out. de 2022

Um dos casos de ‘Violência Obstétrica’ que mais repercutiu na rede é o da digital influencer, Shantal. Em setembro de 2021, Shantal entrava em trabalho de parto e tinha como médico obstetra, Renato Kalil. O momento que deveria ser de emoção e felicidade, viraram momentos de humilhação.


“Eu fui para o hospital e fiquei em trabalho de parto por umas 12 horas e ele chegou somente nas duas horas finais, que foi quando mudou o clima do parto. Ele chegou muito apressado, eu não entendi o porquê de tanta pressa, daquela agonia de: Vai, força! Rápido! Você não está meditando”, diz a influenciadora durante uma entrevista feita pelo Fantástico.

Nos vídeos divulgados na internet, é possível ver o obstetra usando palavras de baixo calão contra Shantal e fazendo comentários sobre a sua região íntima. “Ele quebrou o sigilo médico. (...) Descobri que falou da minha vagina para outras pessoas. Tipo: Ficou arregaçada, se não tiver episiotomia, você vai ficar igual”, conta Shantal em um áudio vazado enviado à amigos e familiares.


Você encontra a reportagem completa feita pelo Fantástico, clicando aqui.


OMS adverte!


Em 2014, durante a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, a Organização Mundial da Saúde (SUS) afirmou que a Violência Obstétrica é uma violação dos direitos humanos, através do seminário “Faces da Violência Contra a Mulher”. Durante a declaração de 2014 que, inclusive, não está mais disponível na internet, a organização declara que:

“No mundo inteiro, muitas mulheres experimentam abusos, desrespeito, maus-tratos e negligência durante a assistência ao parto nas instituições de saúde. Isso representa uma violação da confiança entre as mulheres e suas equipes de saúde e pode ser também um poderoso desestímulo para as mulheres procurarem e usarem os serviços de assistência obstétrica”.


Muitos procedimentos ainda utilizados por médicos e enfermeiros, não são mais aprovados como adequados pela OMS, ou os índices de realização de alguns métodos estão acima da média. Um dos levantamentos brasileiros mais atuais sobre técnicas de parto, a “RECOMENDAÇÃO Nº 024, DE 16 DE MAIO DE 2019”, ainda mantém como parâmetro porcentagens de 2016. Como o índice de 55,4% de cesarianas realizadas no país quando o recomendado é ficar entre 10% e 15%.


A Manobra de Kristeller também se encaixa em procedimentos desnecessários e que não existe comprovação científica de que auxilia o parto. O Ministério da Saúde e a OMS já baniram a manobra e alertam sobre consequências fatais ao bebê e a mãe, como lacerações perineais, hemorragias e inversão uterina (quando o corpo uterino vira pelo avesso, protraindo-se através do colo do útero até o interior da vagina).



 
 
 

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Trabalho de conclusão de curso

UNIP - Universidade Paulista

Comunicação social | Jornalismo

São Paulo, Vergueiro

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